27 de abril de 2012

Repudio a denominação dela "Operação Zumbi" pela Policia Civil de Tocantins / Repudio a la denominación de la "Operación Zumbi" por la Policía Civil de Tocantins



O Movimento Negro e demais entidades do estado do Tocantins repudiam, veementemente, a utilização do nome do herói negro Zumbi, pela Polícia Civil do Tocantins na "Operação Zumbi" deflagrada nesta sexta-feira, 20, com objetivo de intensificar o combate ao uso e ao tráfico de substâncias entorpecentes na Capital.

O ato em si revela o despreparo das instituições do estado brasileiro para se lidar com as questões étnico raciais. Na maioria das vezes é atribuída a população negra os atos de delitos que ocorrem no país, isso talvez seja explicado porque 70% dos pobres são negros e negras. 

O povo brasileiro, em toda a sua diversificação, é um povo uno, uma raça só oriunda de diversas outras etnias, mas o mito da Democracia Racial não pode esconder uma outra realidade nacional: o racismo.

Ao denominar de "Operação Zumbi" uma ação que visa o combate ao uso e ao tráfico de substâncias entorpecentes na Capital, a Policia Civil do Estado do Tocantins passa uma mensagem subliminar de os infratores da lei, ou traficantes de drogas supostamente estariam entre a população negra de Palmas, além de ofender a memória de um herói nacional.

Zumbi dos Palmares nasceu no ano de 1655 em Alagoas. Reconhecido como um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial se tornou líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. Esse quilombo estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares em Alagoas. Na época em que foi líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Ali, os negros viviam livres produzindo tudo o que precisavam para a própria sobrevivência. Zumbi é um símbolo da resistência e luta contra a escravidão, Zumbi lutou pela liberdade de culto e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra. 

Um exemplo típico de racismo institucional se comprovam com os dados de pesquisas de renomados institutos do Brasil, que revelam que os negros são abordados com mais freqüência em batidas policiais, recebendo mais insultos e agressões físicas do que os indivíduos brancos. Por questão desta abordagem, são igualmente mais revistados que pessoas de outra etnia. A escolaridade e a condição financeira têm pouca influência sobre a freqüência e incidência destas batidas policiais e da violência que ora se comete. Esta violência é praticada quase sempre contra indivíduos negros, seja na forma de ofensa verbal ou agressão física. Conclui-se que os métodos de abordagem da polícia junto ao indivíduo levam em consideração sua aparência física (vestimentas), a etnia (fatos principal) e um estereótipo completamente fora de sentido: a expressão facial da pessoal.

Não se pode ignorar o racismo, o preconceito, a discriminação, aceitando os estereótipos que marginalizam, oprimem, humilham e matam o povo negro. A Constituição de 1988 soube repudiar a marginalização do negro, tipificando o racismo como crime em seu artigo 5° , inciso XLII. Mesmo assim, ainda imperam no país diferentes formas de discriminação racial, velada ou ostensiva, que afetam mais da metade da população brasileira, constituída de negros ou descendentes de negros privados do pleno exercício da cidadania. Os casos de discriminação racial que vêm acontecendo durante anos neste país merecem uma apreciação mais cuidadosa por parte das autoridades, correndo o risco de se transformar (se é que já não se transformou) num ato de omissão diante do dever do direito em realizar a justiça.


Reiteramos nosso apoio às ações que visem combater a violência e ao crime organizado, bem como defendemos políticas publicas de esporte, lazer, distribuição de renda e investimentos maciços em educação para que possamos não condenar nossos jovens futuro do nosso pais, a pobreza e a criminalidade. Contudo, solicitamos que a Policia Civil tenha outra zelo ao dar os nomes nas suas operações, sob pena de incorrer em situação reprovável, mesmo que involuntariamente e que possamos respeitar o legado de luta, de liberdade e respeito a pessoa humana que Zumbi dos Palmares nos deixou. 

Assinam:

Coletivo Nacional Enegrecer / TO
Agentes de Pastoral Negra - APNs/TO
Diretoria de Combate ao Racismo da UNE
Grupo de Consciência Negra do Tocantins - GRUCONTO
Fórum Permanente de Educação e Cultura Afro Brasileira do Tocantins
Grupo de Estudos Feministas Dina Guerrilheira
Diretório Central dos Estudantes – UFT
Centro de Direitos Humanos de Palmas
Instituto Art Afro e Direitos Humanos de Miracema - TO

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El Movimiento Negro y otras entidades del estado de Tocantins repudian con vehemencia, el uso del nombre del héroe negro Zumbi, por parte de la Policía Civil de Tocantins en la "Operación Zumbi" desplegada este viernes 20, con el fin de intensificar la lucha contra el uso ye l tráfico de estupefacientes en la capital. 

El acto en sí mismo pone de manifiesto la falta de preparación de las instituciones del Estado brasileño para hacer frente a cuestiones étnico-raciales. En la mayoría de las veces se atribuye a la población negra los actos delictivos que se producen en el país, esto tal vez pueda explicarse con que el 70% de los pobres son negras y negros.

El pueblo brasileño, en toda su diversidad, es un pueblo, una raza única procedente de los diversos grupos étnicos, pero el mito de la democracia racial no puede ocultar otra realidad nacional: el racismo. 

Al denominar "Operación Zumbi" un acto encaminado a combatir el uso y el tráfico de estupefacientes en la capital, la Policía Civil del Estado de Tocantins pasa un mensaje subliminal de los infractores de la ley, los traficantes de drogas se supone estarían entre la población negra de Palmas, además de ofender la memoria de un héroe nacional. 

Zumbi nació en 1655 en Alagoas. Reconocido como uno de los principales representantes de la resistencia negra a la esclavitud en la época colonial del Brasil se convirtió en líder del Quilombo de los Palmares, comunidad libre formada por esclavos fugitivos de las plantaciones. Este quilombo se encuentra en la Serra da Barriga, que actualmente forma parte del municipio de União dos Palmares, en Alagoas. En la época en que fue líder, el Quilombo de los Palmares alcanzó una población de cerca de treinta mil habitantes. Allí, los negros libres vivían produciendo todo lo necesario para su supervivencia. Zumbi es un símbolo de resistencia y de lucha contra la esclavitud, Zumbi luchó por la libertad de culto y la práctica de la cultura africana en el Brasil colonial. El día de su muerte, el 20 de noviembre, se recuerda y se celebra en todo el país como el Día de la Conciencia Negra. 

Un ejemplo típico de racismo institucional se comprueba con los datos de los institutos de investigación de renombre en Brasil, que revelan que los negros son detenidos con más frecuencia en las redadas, reciben más insultos y agresiones físicas que los blancos. Debido a este enfoque son  más buscados que personas de otros grupos étnicos. La condición educativa y financiera tienen poca influencia sobre la frecuencia y la incidencia de estas batidas y la violencia que ahora se comete. Esta violencia se practica a menudo contra individuos negros, ya sea en la forma de abuso verbal o agresión física. Se concluye que los métodos de acercamiento de la policía a los individuos tiene en cuenta su aspecto físico (ropa), su etnia (hechos principales) y un estereotipo completamente fuera de lugar: la expresión facial de las personas. 

No se puede ignorar el racismo, el prejuicio, la discriminación, la aceptación de los estereotipos que marginan, oprimen, humillan y matan al pueblo negro. La Constitución de 1988 supo repudiar la marginación del negro, al tipificar el racismo como delito en su artículo 5, punto XLII. Sin embargo, prevalecen en el país diferentes formas de discriminación racial, abiertas o encubiertas, que afectan a más de la mitad de la población, integrada por negros o descendientes de negros privados de la ciudadanía plena. Los casos de discriminación racial que han estado ocurriendo desde hace años en este país merece una evaluación más cuidadosa por parte de las autoridades, con el riesgo de convertirse (si no se ha convertido en) un acto de omisión en el deber de ley en la consecución de la justicia.

Reiteramos nuestro apoyo a las acciones destinadas a combatir la violencia y el crimen organizado, así como defendemos políticas públicas para el deporte, el ocio, la distribución del ingreso, y las inversiones masivas en educación, de modo que no tengamos que condenar a nuestros jóvenes, futuro de nuestro país, a la pobreza y la delincuencia. Sin embargo, solicitamos a la Policía Civil que tenga otro afán al dar nombre a sus operaciones, bajo pena de caer en situación reprobable, aunque no intencionalmente, y que podamos respetar el legado de lucha por la libertad y el respeto de la persona humana que Zumbi de los Palmares nos dejó. 

Firmado por: 

Colectivo Nacional Ennegrecer / Tocantins
Agentes de Pastoral Negra - APNs / Tocantins
Dirección de Lucha contra el Racismo de la UNE 
Grupo de Conciencia Negra de Tocantins - GRUCONTO 
Foro Permanente de Educación y Cultura Afro-brasileña de Tocantins 
Grupo de Estudios Feministas Dina Guerrillera 
Directorio Central de Estudiantes - Universidad Federal de Tocantins 
Centro de Derechos Humanos de Palmas
Instituto Art Afro y Derechos Humanos de Miracema, Tocantins




Celebración del Día Internacional de la Danza en Quibdó


LA MESA REGIONAL DE CULTURA, ARTE Y PATRIMONIO DEL CHOCÓ, Y EL CENTRO CULTURAL MAMA-Ú CELEBRAMOS EL DÍA INTERNACIONAL DE LA DANZA LOS DÍAS 27, 28 Y 29 DE ABRIL


El Día Internacional de la Danza fue instaurado en 1982 por iniciativa del Comité de Danza Internacional del Instituto Internacional del Teatro (ITI/UNESCO). La fecha elegida para celebrar este día es el 29 de abril, día del nacimiento de Jean-Georges Noverre (1727-1810), creador del Ballet Moderno.

Queremos hacer este año un homenaje especial a la Danza en todas sus manifestaciones, como Mesa Regional de Cultura, Arte y Patrimonio del Chocó (conformada por muchos de nuestros grupos artísticos), que una vez más nos unimos para ofrecerles unos momentos de esparcimiento y recreación de nuestro valores artísticos culturales.

Invitamos a los gestores culturales y a la ciudadanía en general a participar de los distintos eventos que se adelantarán en la fecha.


P R O G R A M A

Día 27 de Abril
  1. RITUAL ESPIRITAL AFRO, con la asistencia de las distintas agrupaciones artísticas de la localidad e invitados especiales de algunos municipios del Departamento del Chocó.
Hora: 5 – 6: 30 P.m.
  1. CONVERSATORIO SOBRE EL ESTADO ACTUAL DE LA DANZA EN EL CHOCÓ.
Lugar: Auditorio Mama Ú, barrio La Esmeralda.
Hora: 7 – 8:30 P.m. 
Día 28 de Abril

Llegada a Quibdó de la agrupación de Nuquí
Hora: 9:00 am al aeropuerto "El Caraño”
Comisión de recepción.

  1. TALLER DE DANZA (intercambio) Coordina NINOSKA  
Lugar: Casa de la Juventud.
Hora: 9:00 am a 12:00 m.                                                                                  
  1. Desfile de todas las agrupaciones participantes por el anillo asfaltico de Quibdó.
Lugar de encuentro: Parque Manuel Mosquera Garcés.
Hora: 3 – 6: 00 P.m.

Día  29 de Abril (CLÁSICO)
  1. Conferencia: Reflexión sobre cuerpo y momento danzado como expresión humana fundamental y su importancia pedagógica. 
Lugar:
Hora: 8 – 10:30 A.m. 
  1. TALLER DE DANZA (Intercambio)
Lugar: Casa de la Juventud
Hora: 10- 12:00 A.m.
  1. FUNCIÓN ARTISTICA, con la participación de las agrupaciones asistentes
Lugar: Casa de la Juventud
Hroa: 4. – 8: 00  P. m.

ES MUY IMPORTANTE QUE TOD@S PARTICIPEN DE TODOS LOS MOMENTOS
¡¡¡ES NUESTRA FIESTA!!!

COMITÉ ORGANIZADOR



26 de abril de 2012

Bojayá llega a Bogotá para reclamar justicia y reparación


viernes 20 de abril de 2012 El 2 de mayo de 2002 la población de Bellavista (Bojayá, Chocó) sufrió uno de los peores crímenes de guerra registrados en el país. 79 civiles, la mayoría menores de edad, murieron en el templo católico de Bellavista en unos hechos que conmocionaron al país. Una década después, las víctimas siguen reclamando justicia y reparación.

Imagen de la iglesia de Bellavista 2 días después del crimen de guerra.

Han pasado 10 años y Bojayá llega a Bogotá a recordar que continúa la violación sistemática de los derechos humanos de las comunidades del Medio Atrato y que se les ha negado el proceso de Verdad, Justicia y Reparación. 
El día 27 de abril de 2012, a las 9 a.m., en el Auditorio del Museo Nacional comenzará el Foro Bojayá, una década después. En él participan representantes de las dos organizaciones de víctimas de Bellavista (la Asociación 2 de Mayo y el Comité 2 de Mayo), de laDiócesis de Quibdó, del Centro de Memoria Histórica, de laDefensoría del Pueblo y del Departamento para la Prosperidad Social del Gobierno Nacional. El Foro será la antesala de la Mesa de Concertación entre Comunidades y Gobierno Nacional que se celebrará el 1 de mayo en Bellavista (Chocó).
El mismo 27 de abril, a las 2 p.m., en la Sala Manuel Mejía Vallejo de la Feria Internacional del Libro de Bogotá, se presentarán dos libros. ‘Soy Atrato. Vida y amargos recuerdos de un líder negro’, de Nevaldo Perea, y la reedición revisada y ampliada de un libro de referencia sobre Bojayá: Los muertos no hablan’, del periodista Paco Gómez Nadal. Ambos autores estarán presentes en el acto de lanzamiento y los títulos se podrán adquirir en el stand del Centro de Memoria Histórica.
“Bojayá, una década” es una propuesta de recuperación de memoria y de promoción de la justicia y la reparación para las víctimas que incluye una página web (www.bojayaunadecada.org) donde se ha compilado todos los informes, estudios, documentación e imágenes sobre el crimen de guerra de Bojayá y sus repercusiones en el Medio Atrato. Todas las acciones de Bojayá, una década buscan potenciar la voz de las comunidades de Bojayá en Bogotá y en el mundo, ante instituciones y opinión pública, y son fruto del esfuerzo conjunto de la Diócesis de Quibdó, la Fundación Universitaria Claretiana (Fucla) y la organización internacional Human Rights Everywhere (HREV).


Con acción popular reclaman agua en el Puerto de Buenaventura



Por: REDACCIÓN CALI | 6:41 p.m. | 25 de Abril del 2012


Con medida cautelar la Defensoría busca que orden la prestación del servicio las 24 horas.

En Buenaventura se cansaron de no poder contar con el servicio de agua potable las 24 horas del día. Ya interpusieron una acción popular que fue admitida y la Defensoría Regional del Pueblo entrará a apoyarla.

Lo que busca la Defensoría es que se dicte una medida cautelar para que se ordene, de forma, inmediata, la prestación del servicio las 24 horas.

El ciudadano Harold Walter Palacios interpuso la acción popular ante el Juzgado Primero Administrativo de Buenaventura, pero resolverla puede tomarse un año.

"Nosotros como Defensoría tenemos la facultad, de acuerdo con la Ley 24 de 1992, de coadyuvar con la acción popular presentada, lo que haremos será presentar una medida cautelar con el objetivo de que el servicio sea reestablecido inmediatamente", dijo el Defensor Regional, Lennos Ramos.

"La Defensoría del Pueblo, desde hace tres años, ha hecho requerimientos a la Alcaldía y a Hidropacífico, la empresa que presta el servicio y no ha conseguido nada", agregó Ramos.

La próxima semana se presentará la medida cautelar que puede ser admitida o rechazada por el juez. Si no la aceptan se acudirá a la Corte Interamericana de Derechos Humanos porque también se quiere llamar la atención de la comunidad internacional sobre este viejo problema de Buenaventura.

"Yo vivo en el barrio Bellavista, a las casas de dos pisos no les llega el agua a la segunda planta y en el primer piso tenemos el servicio por horas dos o tres veces por semana", dijo Edith Torres, líder bonaverense que hace parte del Comité del Agua que se ha constituido en el Puerto.

Pese a que Buenaventura está rodeada de caudalosos ríos como el San Cipriano, Escalerete, Dagua, Yurumanguí y Naya, la cobertura del servicio de agua potable es del 65 por ciento y no se presta de forma constante.

"Estamos ad portas de un TLC y no es justo que el puerto marítimo esté en óptimas condiciones y que el pueblo no tenga agua las 24 horas", agregó Ramos.

En el 2002 la Sociedad de Acueducto y Alcantarillado de Buenaventura contrató  a Hidropacífico, un operador privado, para que atendiera la prestación del servicio en la parte urbana.

El año pasado se generaron varias protestas protagonizadas por habitantes de 20 barrios que llevaron al taponamiento de la carretera Cabal Pombo y la avenida Simón Bolívar por las interrupciones en el servicio de agua.

El gerente de Hidropacífico, Gustavo Adolfo Duque, dijo que dentro del contrato de operación quedó que la obligación de ejecutar las obras que hacen falta para mejorar el servicio es del municipio.

"Obras que debieron acometerse hace nueve años, pero solo el año pasado se consiguieron 40.000 millones de pesos y en octubre pasado se contrató un paquete por 28.000 millones", señaló Duque.

Queda pendiente por optimizar la planta de tratamiento que no aguanta ninguna turbiedad en invierno.

Según Hidropacífico, el promedio de servicio diario oscila entre las 9,8 y las 16 horas.

"Queremos obtener una orden judicial que nos permita, de alguna manera, sentar un precedente y, jurídicamente, poder exigirle al Gobierno municipal, a la Gobernación y a la Superintendencia de Servicios, para que este derecho humano de acceso al agua sea una realidad", dijo el Defensor.

REDACCIÓN CALI

Fuente: http://www.eltiempo.com/colombia/cali/con-accion-popular-reclaman-agua-en-el-puerto-de-buenaventura_11655106-4


Colombia afirma que dedicará más tiempo y recursos para Haití


Judicial | 26 Abr 2012 - 4:13 pm


Los cancilleres de ambos países discutieron varios temas de cooperación.

Los cancilleres de Colombia, María Ángela Holguín, y Haití, Laurent Lamothe, se reunieron en Puerto Príncipe para reforzar las relaciones de cooperación y, en especial, la ayuda colombiana al país caribeño, durante una visita de varias horas de la ministra a la capital antillana.

"Esta visita testimonia el reforzamiento de las relaciones entre Haití y Colombia, y también con América Latina", declaró al inicio de los trabajos Lamothe, quien aseguró que, además de forzar las relaciones bilaterales, se pretende consolidar la cooperación Sur-Sur.

"Queremos redinamizar nuestras relaciones con América Latina, y, en este sentido, su visita es muy importante para nosotros", agregó, al dirigirse a la canciller de Colombia, a la que dio la bienvenida.

En su discurso, María Ángela Holguín explicó que su país está ahora menos preocupado que en otros momentos por sus propios problemas internos, que están en vías de solución y, en esta circunstancia, puede dedicar más tiempo y recursos a la cooperación con Haití.

Prometió que, además de trabajar en el desarrollo de programas de cooperación directa, como miembro no permanente del Consejo de Seguridad de la ONU, Colombia aprovechará para abogar a favor del desarrollo y la paz en Haití.

Tras una reunión de trabajo de unas dos horas de duración, Lamothe propuso continuar a puerta cerrada las sesiones.

La visita de Holguín se produce en ausencia del presidente del país, Michel Martelly, quien se recupera en Miami de complicaciones sobrevenidas tras una operación a la que se sometió a principios de mes en el hombro derecho.

Durante la visita están previstas reuniones con el contingente colombiano de policías que presta sus servicios en este país caribeño, y con el jefe de la Misión de Naciones Unidas para la Estabilización de Haití (Minustah), el embajador chileno Mariano Fernández, informó el miércoles la Cancillería colombiana.

La misión cuenta con 32 agentes de la Policía Nacional de Colombia.

La ministra dijo también que Colombia fortalecerá en Haití proyectos como el "mejoramiento de la cadena productiva del Café", que beneficia aproximadamente al 10 % de la comunidad de ese país.

También se impulsarán acciones de "manejo integral de residuos sólidos" en la comunidad de Source Matelas, de la comuna de Cabaret.

Holguín está acompañada por el secretario general de la Asociación de Estados del Caribe (AEC), Alfonso Múnera Cavidia, ante el interés manifestado por Haití para acoger la Cumbre Presidencial de la AEC.

La canciller colombiana visitó Puerto Príncipe con anterioridad hace poco más de un año y se reunió en el Palacio Presidencial con el entonces presidente, René Préval, y con el primer ministro, Jean Max Bellerive.

Durante esa visita les invitó al debate que, encabezado en el Consejo de Seguridad de la ONU por el mandatario colombiano, Juan Manuel Santos, trató sobre la situación del devastado país caribeño y los planes para impulsar su reconstrucción.

Fuente: http://www.elespectador.com/noticias/judicial/articulo-341750-colombia-dispuesta-dedicar-mas-tiempo-y-recursos-haiti


El presidente Santos, el San Pedro Claver de los negros en la VI Cumbre de las Américas


Claudia Mosquera Rosero-Labbé
Idcarán - CES - Universidad Nacional de Colombia




Claudia Mosquera Rosero-Labbé, investigadora de temas afro.
No comprendo aún por qué razón los organizadores de las importantes discusiones de los sectores sociales no habilitaron un espacio formal para hablar de la agenda sociopolítica hemisférica de los descendientes de africanos que habitan las Américas negras, como lo tuvieron los pueblos indígenas. En todos los ejes escogidos para la discusión: pobreza y desigualdades sociales, desastres naturales, acceso y uso de nuevas tecnologías, seguridad e integración física, líderes y lideresas de los pueblos negros tienen elaboradas posiciones políticas que hubiese sido bueno dar conocer a los cancilleres de cada país.


Decepcionante el papel de los medios de comunicación que cubrieron este evento lo hicieron con mucha ligereza analítica, parecían cubriendo un reinado de belleza y no una reunión diplomática de importancia, además demostraron una vez más un craso desconocimiento de la historia y de las culturas negras del país.


Vanesa de la Torre refirió que los habitantes de San Basilio de Palenque hablaba la “lengua palenque”, y una periodista del Canal Institucional encargada de cubrir el evento de la entrega no fue capaz de explicar a los televidentes la importancia que tiene Palenque en la historia de Colombia, otra desaprovechó la oportunidad de dar a conocer las apasionantes historias en torno al fuerte de San Felipe de Barajas.


Pero quizá lo más desafortunado fue el afro show del día 14 de abril en la Plaza San Pedro Claver encabezado por el presidente Santos ¿Sabe el nuevo presidente Santos que la entrega de esos títulos colectivos, de ninguna manera hacen parte de su programa bandera de restitución de tierras? Estos títulos colectivos son emblemáticos porque despacifican la Ley 70 de 1993 y caribeñizan esta Ley, además hacen parte de procesos organizativos étnico-territoriales de larga data. No se con qué intencionalidad se realizó esta ecuación. Obama recibió una información errada, por eso su discurso se escuchó desenfocado, parecía diciendo locuras.


Durante el excluyente acto de la Plaza, el presidente cometió dos grandes errores. El primero de protocolo, ¿acaso la Cancillería no contaba con traductores que acompañaran la visita del presidente Obama a la iglesia católica que guarda los restos de un misionero que no goza de la simpatía de los afroprogresistas? Vi aburrido a Obama con la historia que contaba el sacerdote y el guía traductor presidente.


Intuyo lo que le dijeron y para distanciarse de esa historia criolla en su discurso afirmó dirigiéndose a la poca gente afro allí presente: “no lejos de aquí sus antepasados se compraban y se vendían”, el presidente afroestadounidense no hace parte de esa historia, quedó claro. No fue una buena idea esa visita ni dar a conocer a ese personaje.


El segundo error ocurrió durante la entrega de los títulos colectivos, Santos fue incapaz de decir algo sensato sobre la importancia de ese título colectivo para Palenque, para el novel historiador Santos ahora resulta que Palenque: “declaró la Independencia en este país”, y aprovechó para presentarse como el nuevo defensor de las comunidades negras, afirmó: “le estamos dando unos títulos el día de hoy a unas comunidades que se lo merecían hace muchísimo tiempo”. Qué ofensa a la legendaria y sostenida dignidad del pueblo palenquero, cuyas conquistas reposan en la altivez y el trabajo.


El presidente debió reconocer en este momento que este lugar patrimonio inmaterial de la humanidad está en peligro por su ubicación estratégica en los Montes de María y que hoy la titulación colectiva es la única forma de proteger este lugar de memoria que pertenece tanto a Colombia como a la diáspora africana en el mundo de la cual Obama sí hace parte.


Debió reconocer que las pocas hectáreas que se titularon en la Boquilla fue lo que quedó después de la embestida de los agentes del progreso, los cuales dejaron sin territorio a esta humilde comunidad de pescadores artesanales. El afro show fue revelador del enorme desconocimiento que tiene el presidente Santos de la población afrocolombiana y de sus reivindicaciones étnicoterritoriales, una población que representa el 10,5 % del total de la población nacional.


El último error de protocolo corrió por cuenta de la Cancillería, el primer alcalde negro de Cartagena, Campo Elías Teherán Dix no fue invitado a este importante acto, y nadie se explica por qué apareció Shakira en la escena. Sería bueno escuchar explicaciones públicas señora canciller.

Fuente: https://groups.google.com/forum/

Sería bueno, también, conocer mejor las razones por las cuales San Pedro Claver es importante, por qué no le simpatiza a los afroprogresistas y por qué 10.5 les parece una cifra diminuta a casi todas las organizaciones afro.


24 de abril de 2012

Líderes afrodescendientes participan en encuentro en Lima


Viernes, 20 de abril del 2012

Jóvenes se reunirán para debatir sobre temas de derechos humanos e inclusión social.


Lima.- Con la participación de 40 líderes juveniles de la capital y cinco jóvenes de las provincias de Piura e Ica; se llevará a cabo el “I Encuentro Metropolitano de Jóvenes Líderes Afro descendientes”, en la que hablarán sobre la inclusión social de la juventud afrodescendiente.

Durante tres días (del 27 al 29 de abril), jóvenes con edades comprendidas entre 15 y 29 años, participarán en conferencias, talleres, charlas, y actividades culturales relacionadas con el tema "Democracia Participativa e Incluyente".

Según la Red Peruana de Jóvenes Afro descendientes – Perú Ashanti, organizadora del evento, la idea es que los(as) participantes puedan "debatir y plantear propuestas concretas de inclusión social que impulsen a la juventud afro descendiente a un verdadero desarrollo con identidad y con respeto a los derechos humanos".

Se espera que los resultados de estas discusiones sean reunidos en un acta de acciones concretas que se enviará a la Municipalidad Metropolitana de Lima y que las demandas de los jóvenes sean incluidas en el Plan Nacional de Juventudes 2012-2016 de la Secretaría Nacional de Juventudes (SENAJU).



23 de abril de 2012

ZAMBO DENDÉ, Un héroe adelantado a su época





Primer proyecto creativo 7GLab

Retrocediendo en la historia Latinoamericana y viendo un continente explotado, robado, ultrajado en sus costumbres, nace una esperanza, nace Zambo Dendé.

Hablar de una época de reyes, coronas, conquistas y descubrimiento de nuevos mundos también es hablar de una época de esclavos, considerados seres sin alma. Encerrados bajo la cubierta de grandes barcos los recién subyugados, atravesaban el extenso mar en recorridos de más de 30 días, conviviendo, comiendo y durmiendo entre los que caían muertos. Una vez llegados a tierra, eran obligados a sonreír para dar la apariencia de seres agradables y así ser vendidos al mejor postor como cualquier mercancía.  En esa época, en la que hombres y mujeres eran clasificados por su color de piel, en la que sólo sobrevivían los más fuertes, nació una esperanza.

Eran valientes que lucharon hasta el cansancio, pero que perdieron la batalla bajo la fuerza del látigo. Cuando el clamor y las suplicas se confundían con el áspero sonido de las cadenas, cansado de tanta injusticia surge un salvador, un redentor, el liberador de los esclavos.  Un héroe producto de la unión de dos mundos: hijo de un rey africano y una indígena latinoamericana.  Es un héroe fuerte, ágil, sagaz, inclemente con sus enemigos.  Zambo Dendé se fusiona con la noche y pasa desapercibido para salvar a aquellas almas atormentadas por la injusticia de la tiranía.  Los libera, les da esperanza de una vida mejor, devuelve a sus corazones alegría, su identidad, sus raíces.  Muy a pesar de sus enemigos, no se debilita, se fortalece día a día, se enfrenta a ellos con fiereza, lucha incansablemente por la libertad.

Es el primer gran héroe latinoamericano y, como todos los héroes, se ocupa en no mostrar su verdadera identidad, se cuida de ello de día en la personalidad de Azúk.  Mientras, en las noches, se convierte en esa sombra liberadora que resulta ser la piedra en el zapato de Marko, su principal enemigo.

Zambo Dendé, líder en una época dura, una época en la que el color de piel fue sinónimo de desprecio, en la que las costumbres y las raíces fueron obligadas a extinguirse, en la que la imposición de un culto cambió toda la historia de un continente. Zambo Dendé, pionero que demostró que su piel oscura sí tenía alma, voz y decisión, símbolo de lucha, esperanza y cambio.  Es una historia de raíces latinas, sonido de tambores y, sobre todo, justicia.



Carátula último ejemplar

Zambó Dendé, el vengador esclavo, es una idea original de Nicolás Rodríguez.
Geek Pag. 7 / Abr. 2012

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Panamá - Los Angeles - Bogotá


El boxeo de Soplaviento pelea contra la miseria



Por: ESTEWIL QUESADA FERNáNDEZ ENVIADO ESPECIAL DE EL TIEMPO | 7:33 p.m. | 23 de Abril del 2012


Plácido Ramírez (i) y Luis Miguel Ruiz (d), boxeadores de Soplaviento (ver Galería)

En corto tiempo, el boxeo se convirtió en el deporte símbolo de este pueblo de Bolívar.

Aunque jamás había lanzado atarraya, Luis Miguel pensaba, a los 13 años, que su futuro marcaba ser un pescador más de Soplaviento, el municipio bolivarense a orillas del canal del Dique, ese brazo del río Magdalena construido por el hombre que desemboca en Cartagena.

Pero todo cambió después de una jornada de estudios de tercer grado, una tarde del 2007, cuando salió de su casa a la calle del Comercio, paralela y a 30 metros del Dique, y llegó al patio de la Cooperativa Integral de Pescadores, donde había visto días atrás a un grupo de adultos entrenar boxeo. 

-Profe, ¿yo puedo entrenar? -le preguntó de inmediato a quien impartía órdenes.

-Sí -respondió Jaime Cassiani, el director técnico-. ¿De quién eres hijo?

-De 'Nino' -dijo (en Soplaviento todos sus habitantes tienen apodos y por estos se conocen).

-Ese es como mi hermano -manifestó el hombre-. Ve a casa, ponte ropa deportiva y enseguida comenzamos.

Al rato, estaba de nuevo en el patio con camiseta, pantaloneta y unos zapatos que él mismo dice "eran de salir" (de cuero). Cassiani no lo aceptó por ese calzado. "Te joden los riñones", esgrimió. Regresó a casa frustrado. Eran los únicos que tenía y, por consiguiente, no podía practicar.

-¿Qué te pasa, Luis Miguel? -le preguntó una vecina, al llamarlo a su casa tres días después, al notar su tristeza.

-Quiero entrenar boxeo y no tengo tenis -contestó.

-No te preocupes, espérame un momento -dijo Consuelo Ramírez, la vecina, mientras de la sala pasaba a un cuarto-. Mira estos: se le quedaron a mi hijo, pero a ti te quedan bien... Te los regalo.

Así, esa misma tarde, con esos zapatos azules con figuras blancas, cuya marca no recuerda, sin importar que eran talla 37 cuando él calzaba 35, comenzó en firme la carrera de Luis Miguel Ruiz Mendoza, el actual campeón nacional juvenil de boxeo en la división de los 49 kilogramos.

El deporte del pueblo

Soplaviento es un municipio sin corregimientos, ubicado a 55 kilómetros de Cartagena y fundado por Pedro de Heredia, en 1533. Está ubicado a 26 metros sobre el nivel del mar y, según la creencia popular, el nombre lo tomó cuando era vereda, en un paso de Simón Bolívar. Dicen que el Libertador, agobiado por el calor, se refugió bajo un árbol y exclamó: "¡Sopla viento!".

El boxeo se practicaba desde hace tiempo. Pero nunca de manera organizada. Hasta que hace cinco años -luego de 20 de ausencia- regresó un hijo del pueblo, Jaime Cassiani, exboxeador aficionado en Barranquilla, y se decidió a fundar el Club de Boxeo El Coimbre, con el apoyo de amantes del deporte de los puños.

En estos cinco años, han ganado un centenar de medallas, buena parte recolectada por siete campeones nacionales surgidos de los últimos torneos infantil, júnior y juvenil, siendo la base de la selección Bolívar. Tanto que ahora, con miras a Juegos Nacionales, aportan a tres de los 14 preseleccionados concentrados en Cartagena (Ruiz y los primos Plácido y Saider Ramírez), los tres residentes de la misma calle del Maracaná, barrio que nació como invasión hace cerca de un cuarto de siglo.

Pero el prestigio obtenido contrasta con la pobreza en la que se preparan sus boxeadores, todas las tardes, de lunes a viernes. El lugar sigue siendo el patio de la Cooperativa Integral de Pescadores, una casa de esquina, de barro, pintada de blanco y verde, que solo se ocupa en reuniones los sábados y domingos.  

Ese patio, en tierra, al lado de un estadero, sin pared que los separe, y donde se escucha música vallenata a toda hora, en medio de discusiones de los jugadores de tres mesas de buchacara, cuenta con un árbol de trupillo, otro de dividivi y un tercero de totumo, donde cuelgan cinco sacos. Además, enterrados en la arena, dos tubos de PVC rellenos, una vara atravesada y una cabuya. Todo esto sirve para preparar a los muchachos con sueños de campeones. 

El lunes de la visita de EL TIEMPO, el 26 de marzo pasado, cada vez que Delkin Miranda -una tromba con guantes que ha ganado tres títulos nacionales en infantil y júnior- golpeó un saco negro con la figura de Muhammad Alí el trupillo se estremeció.

"Un día, a un pupilo, José Jinete, campeón nacional infantil, un totumo le partió la cabeza", cuenta Cassiani, cuya casa, a 80 metros del gimnasio, con el Dique como patio, es la bodega de implementos: además de los sacos, 2 peras, 7 guantes, 6 cabezotes y 2 pares de guantaletas.

Realidad estremecedora

Pero si es rudimentario el escenario, la realidad de algunos púgiles resulta estremecedora. Como el caso del campeón nacional Luis Miguel Ruiz, quien en un rancho de barro y madera de no más de 42 metros cuadrados, sin piso y con plásticos haciendo de pared, comparte con cinco de sus ocho hermanos y su madre, Mirna. Su padre, Marcelino, llevaba tres meses hospitalizado en Barranquilla. 

"Aprendí a pescar a los 14 años y tengo dos atarrayas que yo mismo tiro, para rebuscarme unos pesos, pero lo mío es el boxeo -dice Ruiz, a quien apodan 'Chicanerito' y es admirador del excampeón mundial 'Happy' Lora-. Me siento soplaventero porque llegué aquí a los 7 años de Barranquilla, donde nací y practiqué por corto tiempo boxeo bajo la dirección de Pedro Marchena".

Está dentro del rancho, cuya puerta de la calle, de zinc, no cubre todo el espacio y puede ponerse en cualquier lugar porque carece de bisagras y seguridad. Dos sillas en la sala y una mesa en el fondo, en la cocina, son todo en el ala derecha. A la izquierda, al fondo, un cuarto de San Alejo, donde reposa una bicicleta dañada. Adelante, en un espacio de 3 por 5 metros, el único cuarto, lleno de almanaques y con un televisor de 14 pulgadas a blanco y negro que no sirve, junto con dos camas dobles de 1,40 por 1,90 metros.

"Yo duermo en esta -dice, señalando la del fondo, que tiene un toldo para contrarrestar los mosquitos-. Duermo con dos de mis hermanos. Y en la otra, mi mamá y mis dos hermanas. El sábado, que regresé a Soplaviento por primera vez en dos meses, por estar concentrado en Cartagena, no dormí por incomodidad. El domingo ya me acostumbré".

Esa concentración en Cartagena le ha servido porque es deportista apoyado por Iderbol y recibe 500.000 pesos mensuales, 400.000 de los cuales le entrega a Mirna, que ya los debe por fiados en tiendas para los gastos de la casa.

"En el barrio la gente me quiere -sostiene Ruiz, estudiante de octavo grado en Cartagena-. Durante semanas, como en la inundación de diciembre del 2010, cuando el agua nos llegó a las rodillas, me alimenté en casa del entrenador Cassiani. La hija de mi vecina que me regaló los zapatos, Yazmín Ibarra, cuando sabe que tengo hambre me da yuca y pescao". 

El campeón Ruiz ha pensado en retirarse, pero sigue porque a través del boxeo quiere sacar de la pobreza a su familia. Y por eso, asegura, ha llorado de felicidad, como ocurrió en Barranquilla, cuando ganó en octubre pasado el Nacional Juvenil, y de tristeza, en febrero último en Cartagena, en la Copa La Candeleria, por no estar con su papá. 

Y el último llanto fue el Jueves Santo, a las 6:37 de la mañana, cuando llamó al celular del periodista: "Profesor -dijo sin poder contener sus lágrimas-, me llamaron ahora para informarme que acaba de morir 'Nino', mi papá...". 

Pueblo con malos servicios públicos 

En sus 12 calles y 28 carreras, Soplaviento apenas cuenta con 150 metros de pavimento. El gas llegó hace poco, carece de alcantarillado y el servicio de energía es tan deficiente, con irregularidades en el voltaje, que afecta los electrodomésticos y no permite que el agua llegue de manera normal a las casas. Es cuna de Catalino Parra, el afamado integrante del grupo musical Gaiteros de San Jacinto.

Sus 9.000 habitantes dependen económicamente de la pesca de mojarra lora, bagre, arenca, entre otras especies, del canal del Dique y de la ciénaga Capote. La cobertura educativa es del ciento por ciento, pero solo hay un escenario deportivo como tal: el estadio de béisbol menor, también utilizado para sóftbol. Y deportistas de élite no han salido del municipio (el exboxeador Tomás Orozco, selección Colombia, nació en Soplaviento, pero se crió y se hizo en Cartagena).

Estewil Quesada Fernández
Enviado especial de EL TIEMPO


Fuente: http://www.eltiempo.com/deportes/otrosdeportes/ARTICULO-WEB-NEW_NOTA_INTERIOR-11638022.html


La vida, una carrera de obstáculos para este semillero de atletas en Turbo



Por: FABIáN M. ROZO CASTIBLANCO ENVIADO ESPECIAL DE EL TIEMPO | 9:41 p.m. | 23 de Abril del 2012


Sin zapatos, sobre canchitas de 'banquitas', entrenan las jóvenes promesas del atletismo en Turbo (ver galería).

En Turbo, los sueños de títulos y campeonatos desafían la pobreza y la violencia.

La pregunta buscaba un detalle y encontró una realidad.

-¿Que cuánto calzo...? 

Ese, se convirtió en uno de los tantos interrogantes sin respuesta en la vida de Diana*, cuyo silencio pronunciado y mirada perdida terminan hablando por ella. Lo desconoce, está claro, pero no es cuestión de descuido. La razón se cae de su peso: desde niña está acostumbrada a andar sin zapatos.

Antes que a leer o escribir, aprendió a correr descalza en las calles de tierra y piedras del sector más deprimido de Turbo.  Primero lo hizo para no dejarse alcanzar de sus padres cuando querían castigarla por una que otra travesura y, luego ya de adolescente, emprendió innumerables carreras cuando las riñas entre pandillas así lo obligaron.

 - ¿Por qué no soy de Bocas del Atrato como mis padres y mi hermano mayor?

Por el desplazamiento forzoso de sus papás, nació en este municipio antioqueño hace 17 años, refugio transitorio y aparente de la violencia que los desterró. 

Una mañana de septiembre del 2005, se despidió de papá. Sin saberlo, lo hizo para siempre. Fue la última vez que lo vería con vida. Salió a comerciar artículos a un corregimiento aledaño y nunca regresó. 

Sin figura paterna y con una madre que tuvo que multiplicarse en labores para llevar dinero y comida a sus tres hijos, Diana optó por la calle. Y la calle en Turbo, como en tantos otros lugares, es riesgosa, más si se habla de la calle en lugares marginales, en barrios en los que lo poco que hay se disputa a muerte, en un mundo de hurto y drogas. 

Cordones sueltos

 - ¿En qué momento decidí cambiar?

La delincuencia parecía amarrarla, pero el deporte la liberó. En mayo del año pasado, mientras veía a sus primos jugar fútbol, se le acercó uno de los  entrenadores** de atletismo en la zona de Urabá, quien la invitó a que hiciera una prueba de 100 metros.  

"No fue fácil convencerla, me dejó hablando solo, pero a las dos semanas se apareció y, una vez corrió, no paró de hacerlo". La propia Diana lo confirma: "Al practicar deportes aprendes cosas y recapacitas. Cambié el desorden, ya que me gustaba hacer maldades, y desde que soy atleta ya no callejeo más".   

En casi un año, su elección ha dejado huella. Es ejemplo del barrio y a diario, una romería de niños y adolescentes tocan la deteriorada puerta de madera de su casa. "Me despiertan y todo para que nos vayamos a practicar", dice mientras sonríe. Esa risa se la ha devuelto de a poco el deporte.   

Hoy, son 307 los jóvenes de Turbo que se forman en atletismo (velocidad, saltos, relevos, pruebas múltiples y vallas), y pesas. Número considerable, pero escenarios insuficientes e implementación precaria o nula, por lo que la programación de entrenamientos arranca a las 5 de la mañana y termina a las 9:30 de la noche. "Nos toca entre el polvo o el barro cuando llueve, pero no nos preocupamos por lo que no tenemos sino que queremos y apreciamos demasiado lo poco con lo que contamos para trabajar",  dice con resignación su técnico.

"Valoramos una barra de pesas así esté oxidada o un disco roto, todo nos sirve. Carecemos de implementos, pero colocamos palos atravesados o hacemos el salto alto sin colchonetas", explica el instructor, que les enseña los movimientos, luego los turna para mostrarles videos en su casa y ya en la competencia es que los muchachos vienen a experimentar la caída real. Aún así ganan y son potencia en la región al aportar, en promedio, el 60 por ciento de los atletas de las selecciones Antioquia. 

Suelas rotas

- ¿En qué condiciones vivo?

No solo contra las limitaciones luchan los jóvenes prospectos, también intentan ganarle la carrera a la violencia, tan presente como la misma pobreza en Turbo, el municipio que más población desplazada recibe en el país, proveniente de Córdoba, Chocó e incluso territorio antioqueño.

Según estudios, en el casco urbano existen nueve pandillas, de las que hacen parte 208 adolescentes. "La intención es rescatarlos de ese entorno, como se logró hace ocho años cuando de 360 muchachos que sacamos de la calle, solo dos reincidieron", destacó Martha Cecilia Moreno, directora del Instituto Municipal para la Protección de la Niñez y la Juventud (Imupronj). 

"En estos grupos se han detectado jóvenes entre 14 y 18 años, que enfrentan las mismas necesidades de pobreza, comparten intereses comunes y llegan a esta situación por la falta de oportunidades y de educación, además de pertenecer a un núcleo familiar desarticulado, por ausencia de padre o de madre, o de los dos", explica Jhon Chávez, capitán de la Policía y comandante de la estación municipal desde hace dos meses.

Moreno, al conocer de cerca la problemática, se muestra alarmada por la cifra de asesinatos de jóvenes: 70 en los últimos cuatro años. En el primer trimestre de este 2012 no más, cinco perdieron la vida. Por eso le apuesta al proyecto de rehabilitación de jóvenes, en el que el deporte "es un componente esencial en esa estrategia de ofrecerles otras alternativas de manejo del tiempo libre".

Pregunta final

Diana lo entendió a tiempo y en cuestión de meses, gracias al atletismo, ya montó en avión y estrenó pasaporte. Fue en noviembre pasado por el Plan Integral de Prevención 20+ de la Cancillería, que pudo conocer al mismísimo Usain Bolt, que le regaló unas zapatillas para correr. Fue entonces cuando apareció la pregunta que buscaba un detalle y se encontró la realidad.

- ¿Qué cuánto calzo? 

Tuvo una idea. Fue al escaparate que hace de ropero y tomó los tenis, los spike especiales para correr que le quedaron de recuerdo de aquel viaje. Su valor puede superar el costo de todo lo que encierran esos dos metros cuadrados de ladrillo, que comparte con su hermana menor y dos primas. Diana, entonces, dice "7" al ver el número que está en los zapatos con los que seguirá huyendo de la pobreza y la violencia.

*Nombre cambiado por ser menor de edad. 
** Nombre o dato omitido por seguridad.


Fabián M. Rozo Castiblanco 
Enviado Especial de EL TIEMPO


Fuente: http://www.eltiempo.com/deportes/otrosdeportes/ARTICULO-WEB-NEW_NOTA_INTERIOR-11638884.html


Tumaco, una gambeta a la violencia


Por: PABLO ROMERO ENVIADO ESPECIAL DE EL TIEMPO | 8:09 p.m. | 23 de Abril del 2012



Descalzos, en guayos desgastados o en tenis, en Tumaco se juega al fútbol para huir de la miseria (ver galería).

Ya no es el semillero de futbolistas, pero a través de un balón se combaten la pobreza y el crimen.

Tumaco (Nariño). Son las 7:30 de la mañana y el sol ya calienta con ímpetu, con algo de inclemencia, en Tumaco. Desde esa hora, Jairo* corre detrás de un balón de fútbol; lo hace descalzo, sobre arena, sin camiseta, sediento y con hambre. Persigue el sueño de ser futbolista profesional, de gambetear a la violencia, pero sobre todo, de no fallarle a su familia, de sacarla de la pobreza.

La mañana transcurre calurosa, húmeda, a 28 grados, pero es la hora ideal para el fútbol. "Al mediodía el sol deshidrata y quema los pies", cuentan los jugadores. Jairo parece inmune al calor, juega con alegría, la que contrasta con la prevención que tiene cuando está lejos de la cancha, en el barrio, cerca de la tentación. A sus 16 años, este defensor central, de piel negra, fuerte, recio y ambidiestro, ha conocido la violencia de cerca. Vive en un barrio de  bravos**, donde las bandas criminales (como 'los Rastrojos') siembran el terror. Allí, le han asesinado a varios familiares por ajuste de cuentas, pero también ha perdido amigos que se han visto tentados por el 'dinero fácil'. No quiere la misma suerte. "La violencia en el barrio es muy tesa. Buscan a los jóvenes para que se metan a los grupos. Dicen que pagan bien y más de uno ha aceptado. A mí no me ha dado por eso, yo quiero es jugar al fútbol", confiesa, aunque omite detalles de su vida.   

Una de las canchas donde los jóvenes como Jairo desahogan los dramas del barrio se llama el 'Bajito', un campo de arena que en realidad es una cancha en la playa, con palos de madera haciendo las veces de porterías. Cuentan que la llaman el 'Bajito' porque cada que el océano Pacífico quiere se lleva la arena, aunque luego la trae de vuelta. Allí, a escasos metros del mar, se forman los nuevos talentos que quieren imitar a los jugadores más importantes que ha dado el puerto, como Willington Ortiz, Jairo el 'Tigre' Castillo, Pablo Armero, entre otros.    

Ese martes, Jairo llegó al entrenamiento en moto, un familiar lo llevó, lo que le ahorró los 40 minutos que habría gastado a pie y, de paso, los mil pesos que cuesta el mototaxi, principal medio de transporte de la ciudad y una de las mayores fuentes de empleo. Vestía pantaloneta, camiseta y unas sandalias de las que rápidamente se despojó, ya que allí, en la arena, se juega descalzo para ganar potencia, esa que se pone a prueba en cada 'picadito'. "Si hay que firmar un partido, ¡lo firmo de una!, y demuestro lo que tengo: mi talento", dice Jairo, desafiante, con poca inocencia. Claro, la violencia le ha robado su niñez. "Los grupos ilegales lo tenían de mandadero, para llevar armas y cosas. Estaba cerca de ellos y, aunque no andaba en crímenes, estaba a un paso. Pero quiere salir adelante: entrena a diario, volvió al colegio y pronto jugará en otra ciudad", cuenta su DT**. 

Se vive por el fútbol

La principal señal de tránsito en Tumaco tiene algo poco convencional: es preventiva, indica que hay peatones en la vía, solo que la silueta negra de fondo amarillo patea un balón. Y es que allí el fútbol es la actividad dominante. La gente recuerda a sus figuras con lúcida memoria, repasa las actuaciones de los tumaqueños que juegan en el exterior (como Armero, en Udinese, de Italia) y se congrega en cualquier esquina para seguir un partido del América de Cali. Las escuelas deportivas abundan: se tiene un registro de 68, y un total de 161 equipos, sin contar a quienes lo practican para recrearse. Todas las canchas, sean de de cemento (como la de San Judas, que antes era de arena y donde se formó Willington Ortiz), de pasto, o de arena, permanecen llenas. El fútbol se vive con religiosa devoción. 

Aunque se calcula que hay en todo Tumaco unas 200 canchas (la mayoría en mal estado), las autoridades reconocen que existen falencias: "El fútbol en Tumaco sigue siendo la posibilidad de futuro para los jóvenes, pero se requiere preparar mejor a los técnicos y construir más y mejores canchas", dijo el secretario de Gobierno, Hernán Cortés.  

'El que no juega, lo perdemos'  

¿Qué pasa con el estudio? Jairo responde sin titubeos, sin sonrojarse: "Primero me quiero dedicar al fútbol". Aunque hace poco reinició sus estudios nocturnos de sexto de bachillerato, está obsesionado con la pelota, y esa es la mentalidad que los técnicos quieren cambiar en Tumaco. Sobre todo cuando solo el 43,6 por ciento de los habitantes alcanza siquiera la básica primaria (según un estudio del 2010), y muchos desertan hacia el crimen o el fútbol.  

"El muchacho que no escoge el fútbol en Tumaco lo podemos perder. No hay fuentes de trabajo. En el estudio se abren puertas, pero los muchachos quieren es ganar plata rápido. Lo que los formadores hacemos es tratar de quitarles gente a los paramilitares y a la guerrilla con una formación integral", dice el 'profe' Nery Estupiñán, que descubrió al 'Tigre' Castillo y quien confiesa, con nostalgia, que Tumaco ya no es el semillero de jugadores profesionales (calcula que la región entregó más de 50 en su momento).

En gran parte, la razón es la violencia. Y los índices están disparados: según el Departamento Nacional de Planeación, se alcanzaron los 128,4 asesinatos por cada 100.000 habitantes, en el 2010. Hay barrios por donde no se puede pasar con tranquilidad, como el de Jairo. "Allá hay que ir con cuidado", dicen los mototaxistas. Hay guerra por el narcotráfico y la extorsión. El personero municipal, Álex Castillo, entregó una gris radiografía. "El fútbol sigue siendo emblema de Tumaco, pero no podemos negar que la posibilidad de parir jugadores se ve limitada porque ha habido en la última década un escenario marcado de violencia, especialmente con los jóvenes. Hemos sido testigos de muchos talentos víctimas de las confrontaciones", afirma. Pero Jairo ha sido afortunado. La mano que le tendió su DT lo tiene alejado de la violencia y cerca de jugar en otra ciudad.

Con esa ilusión entrena a diario, sintiendo la brisa, el sonido del mar, los rayos del sol, que a veces son insoportables. Allí, en medio de la arena, y con los pies rojos de patear balones descalzo, Jairo se aferra al sueño de no fallarle a su familia. "A veces no hay pa' comer, pero en mi casa me dicen: 'coma usted, mijo, que es el que nos va a sacar de pobres' ".

Aún se vive con temor 

Han pasado casi tres meses del atentado en Tumaco. El pasado primero de febrero Tumaco se estremeció con la explosión de una moto bomba que dejó ocho personas muertas y más de una decena de heridos y que destruyó la estación de Policía. Desde entonces, las calles están militarizadas, el pie de fuerza aumentó y se percibe miedo en los habitantes que, incluso, pasan con timidez frente a la estación, que todavía está semidestruida. En su momento, el alcalde de Tumaco, Víctor Gallo, responsabilizó del atentado a la columna móvil Daniel Aldana de las Farc, que actúa en la zona.

(*) Nombre cambiado por ser menor de edad.   
(**) Nombre o dato omitido por seguridad.


Pablo Romero  
Enviado especial de EL TIEMPO


Fuente: http://www.eltiempo.com/deportes/futbol/ARTICULO-WEB-NEW_NOTA_INTERIOR-11638242.html